sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

VERSÃO BRASILEIRA DO CLÁSSICO 'O HOMEM ELEFANTE' ESTREIA NO RIO


Vandré Silveira dá vida ao personagem-título (Foto: Rodrigo Castro)Vandré Silveira dá vida ao personagem-título (Foto: Rodrigo Castro)

Peça narra história real do homem exibido como aberração no século XIX


No final do século XIX, um homem chocou o mundo com a sua aparência disforme. A fascinante história de Joseph Merrick envolveu abandono, abusos e redenção, sendo amplamente explorada por livros e filmes. Agora, ela pode ser acompanhada sob uma nova perspectiva no espetáculo "O Homem Elefante", da Cia Aberta, que estreia amanhã no Oi Futuro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
– Sempre fui apaixonado por essa história e acho que todos conseguem se identificar com ela. Fazemos arte por necessidade, como forma de expressão pessoal de algumas questões que só conseguem ser expressadas em cima dos palcos – conta Vandré Silveira, um dos idealizadores do projeto.

Segundo relatos próprios, registrados no verso do panfleto que anunciava sua participação em um show de horrores, as deformidades de Merrick começaram a se manifestar quando ele tinha apenas três anos de idade. Frutos de uma doença congênita, pequenas calosidades cresceram do lado direito de seu corpo e logo o transfiguraram de tal forma que sua aparência o tornou uma das personalidades mais conhecidas da Inglaterra Vitoriana. Erroneamente diagnosticado com elefantíase, ele ficou conhecido como O Homem Elefante e teve sua história contada por diversas pessoas.

Um dos relatos mais clássicos, o texto escrito por Bernard Pomerance ganha agora uma versão brasileira pelas mãos dos mineiros Daniel Carvalho Faria, Davi de Carvalho e Vandré Silveira – integrantes da Cia Aberta. O trio, no entanto, decidiu promover uma perspectiva mais subjetiva para a figura do homem existente por trás da polêmica figura. Para isso, eles convidaram a diretora paulista Cibele Forjaz. Convite aceito, mudaram-se para São Paulo e fizeram uma imersão naquela história.
Fazemos arte por necessidade, como forma de expressão pessoal de algumas questões que só conseguem ser expressadas em cima dos palcos"
Vandré Silveira
– Foi um momento muito importante para o grupo, pois estávamos não apenas dividindo a construção do nosso primeiro projeto autoral, mas também a nossa vida. Dividimos um apartamento e nos dedicamos totalmente a isso – lembra Davi, que ainda contou com a supervisão de Wagner Antonio, que divide com Cibele a direção e também é responsável pela iluminação.
Como base para a montagem, os jovens atores usaram os relatos deixados por Sir Frederick Treves, médico inglês que resgata o Homem Elefante de situações de exploração. Juntamente com o showman Ross, eles formam o trio de personagens principais do espetáculo, que conta ainda com a participação da atriz Regina França no papel de uma famosa atriz que ajuda a introduzir Merrick à coqueluche dos intelectuais e da aristocracia vitoriana.
– Estamos falando, na verdade, sobre a deformação do meio em que a gente vive. Estamos fazendo uma análise sobre o meio que estamos inseridos: o Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, e todos os problemas sociais que ela vive. Assim como quase todas as outras cidades do mundo. Então, não deixa de ser uma crítica dentro do teatro – complementa Davi.
Peça faz uma crítica  (Foto: Rodrigo Castro)
Peça faz uma crítica à deformação do mundo em que vivemos
(Foto: Rodrigo Castro)
Escrita em 1977, a peça de Bernard Pomerance inspirou o filme homônimo de David Lynch (1980), que trazia John Hurt no papel principal e um jovem Anthony Hopkings como o médico altruísta. Sucesso instantâneo de público e crítica, o longa-metragem foi indicado a oito estatuetas do Oscar. Na Broadway, estreou em 1979 e teve inúmeras montagens – atualmente está em cartaz com o astro Bradley Cooper como protagonista.
A montagem da Cia Aberta traz dois palcos simultâneos que representam a dualidade entre civilização e barbárie, bem como entre a ciência e o subjetivo. O espectador fica localizado no meio, espaço que os atores chamam de “Faixa de Gaza”. O cenário, composto por diversas cortinas, tende a esconder e revelar ao mesmo tempo, transformando a plateia em uma espécie de voyer de toda a bizarrice.
– Uma característica interessante do texto é conter cenas com ordens específicas, sendo que a nossa ideia era contar uma história com início, meio e fim. Dentro disso, estruturamos o espetáculo no intuito de deixar todos esses duelos cada vez mais potentes. Passeamos por diversas linguagens para deixar o público dentro deste imediatismo da arte e refletindo sobre a sociedade do espetáculo, que transforma nossa realidade em uma grande peça de teatro – conclui Daniel.

Fonte: Rede Globo

NOITE DAS PREMIAÇÕES | MOSTEV 2014

MOSTEV 2014 - Foto: Lucivanio Moura

O Festival de Artes da Vitória - MOSTEV, ocorreu entre os dias 20 e 30 de novembro de 2014. Realizado pelo Grupo Teatral Vid'Art e produção de Leonardo Edardna.

A missão de ser o mestre cerimonial ficou com o Presidente do Grupo Vid'Art, Antônio Arnaldo. Após a sua fala passou para Leonardo Edardna, ressaltando a importância da cultura e parabenizando os grupos que participou do festival e os ali presentes.

Houve uma singela homenagem aos homenageados do ano, o radialista Breno Ramos e o ator severino Firmino. Logo em seguida aconteceu esquetes, tendo um grupo de Caruaru.

No encerramento, Arnaldo aproveitou-se para fazer a entrega das premiações aquelas peças que receberam as melhores notas da comissão julgadora, ocorridas no Clube dos Motoristas ''O Cisne'', no bairro do Cajá. Esse ano tivemos uma comissão de júri a mais, sendo o publico.

Confira a baixo o resultado e clique aqui para ver as fotos.

TEATRO - Infantil
Sonoplastia - A Bruxinha Que Era Boa
Direção - Erineide Moreira (A Bruxinha Que Era Boa)
Espetáculo - A Bruxinha Que Era Boa
Texto Inédito - (Não Houve)
Ator - André Chris (A Verdadeira História do Lobo Mau)
Atriz -
Ator Coadjuvante - Ednaldo Silva (A Verdadeira História do Lobo Mau)
Atriz Coadjuvante -
Ator Revelação -
Atriz Revelação -
Maquiagem - Cecília Lopes (Um Caso de Bichos e Suas Coisas)
Figurino - Cecília Lopes e Ricardo Toshi (A Verdadeira História do Lobo Mau)
Cenário - Erineide Moreira (A Bruxinha Que Era Boa)
Iluminação - Erineide Moreira (A Bruxinha Que Era Boa)
Júri Popular - Cecília Lopes (A Verdadeira História do Lobo Mau)

TEATRO - Adulto
Sonoplastia - (Filhos da Lua)
Direção -
Espetáculo -
Texto Inédito - Rodrigo Moik (Filhos da Lua)
Ator -
Atriz - Edgleice Barbosa (Filhos da Lua)
Ator Coadjuvante -
Atriz Coadjuvante -
Ator Revelação -
Atriz Revelação -
Maquiagem -
Figurino -
Cenário -
Iluminação -
Júri Popular - (Filhos da Lua)

DANÇA
Coreografo - Carlos Nascimento (Saudades de Você / Lembrando e Atualizando)
Espetáculo - Chorus Lá In NE
Bailarino - Coringa (Swingueira na Veia)
Bailarina -
Bailarino (a) Revelação -
Figurino - (Chorus Lá In NE)
Júri Popular - Suellinton (Não Deixe A Música Parar)

COMÉDIA NATALINA DOS PARLAPATÕES EM SÃO PAULO


Sátira tem texto e direção de Hugo Possolo, que também atua no espetáculo (Foto: Divulgação)Sátira tem texto e direção de Hugo Possolo, que também sobe ao palco (Foto: Divulgação)

'O Auto dos Palhaços Baixos' resgata a tradição de fim de ano da Cia
Há dois anos sem ser apresentada, o tradicional espetáculo natalino do Espaço Parlapatões está de volta. Com texto e direção de Hugo Possolo, “O Auto dos Palhaços Baixos” ganha duas sessões no Espaço Parlapatões: uma nesta quarta-feira e uma no dia 17, ambas às 21h. Apresentada em forma de sátira, a encenação ridiculariza os homens que não compreendem a força da fé.
A peça conta a história de um diretor cujo filme - sobre o circo - sofre corte de verba de patrocínio no primeiro dia de gravação. Ele resolve, então, aproveitar a trupe, o cenário e a equipe para fazer um filme narrando o nascimento de Jesus. Apesar da tentativa de encenar a história seriamente, o resultado são muitas trapalhadas, muito por conta do estresse do diretor, que não aceita o ridículo de forma alguma.
Com Hugo Possolo, Raul Barretto, Claudinei Brandão, Henrique Stroeter, Alexandre Bamba, Fabek Capreri, Fernando Fechio, João Paulo Bieneman e Hélio Pottes no elenco, os Parlapatões se apoiam em uma linguagem de forte apelo popular, muito humor e participação intensa da plateia. O espetáculo revive as farsas medievais que narram a história dos reis magos com o pretexto de revelar o lado baixo e mesquinho daqueles que não conseguem seguir o seu rumo sem atrapalhar a vida dos outros.
Mais informações clique aqui.
Fonte: Globo